Os indicados para o Oscar deste ano foram anunciados nesta terça dia 23.
Babel - vencedor do Globo de Ouro de melhor filme dramático - é um dos preferidos com 7 indicações, dentre elas de melhor filme e melhor direção para Iñárritu. O filme recém estreiou nas telas brasileiras, porém em poucas salas, devido a temporada, que prioriza os filmes promocionais de férias. Com certeza isso irá mudar em fevereiro às vésperas da premiação do Oscar.
Babel realmente merece suas indicações: ótima trilha sonora, ótimo roteiro e os atores estão muito bem. Principalmente Adriana Barraza e Rinko Kikuchi (elas disputam a mesma categoria de melhor atriz coadjuvante). Brad Pitt também surpreendeu, e uma grande revelação é o ator mirim Boubker Ait El Caid, que estréia neste filme como um dos garotos marroquinos.
Alejandro González Iñárritu que demonstrou ser excelente em conduzir histórias dramáticas em "21 gramas" (que também envolve histórias entrelaçadas) repete o feito nesta nova película. Um roteiro original, várias histórias contadas ao mesmo tempo, cada uma seguindo o seu tempo (acontecem em espaços e tempos distintos), três continentes, quatro países, quatro famílias e diversas línguas.
Babel, em uma linha que lembra "Crash-No Limite", escancara problemas contemporâneos como: o individualismo, o desnetendimento, a indiferença e a dificuldade de relacionamento.
"Em um mundo onde cada vida interfere em todas as outras, a felicidade só pode existir se as pessoas forem capazes de se comunicar.
Babel parte do pressuposto que isso é impossível. E a barreira lingüistica é a menor delas. No filme, marido e mulher, pai e filha, estado e cidadão, ninguém se entende. Mesmo quando se fala uma só língua, há mecanismos que impedem a compreensão - o individualismo dos turistas americanos, por exemplo(...) Há um tom amargo em
Babel(...)" [Marcello Castilho Avellar].
Curiosidade: O ator Michael Peña de "Torres Gêmeas" e "Crash-No Limite" faz uma pequena participação em "Babel", como um policial.